Se seu gato está acima do peso, não pense que ele está feliz enquanto arrasta a gordura pela casa. Um felino obeso pode ter uma série de problemas que comprometem sua saúde.
"A obesidade nunca é um bom sinal. É considerada uma doença e tem se configurado como epidemia, tanto em seres humanos como em animais", afirma a veterinária Márcia Jericó, coordenadora do Hospital Veterinário da Anhembi Morumbi. Segundo ela, os proprietários dos felinos gordinhos têm dificuldade em combater o distúrbio e costumam usar o argumento de que o animal está feliz mesmo acima do peso. "Essa idéia é equivocada. O bicho certamente está sofrendo", diz.
Um gato pode chegar aos 20 anos de vida, mas a maioria vive entre 15 e 18 anos. Normalmente, é nos primeiros cinco anos que se perde o controle do peso e fica difícil fazer com que ele volte ao normal. "Aqueles que comem muito nos primeiros dois anos nem sempre pedem comida porque têm fome. O obeso tem apetite maior do que sua necessidade", diz Márcia.
Para controlar a quantidade de ração ingerida pelo animal, é importante colocar no pote do gato apenas o que está descrito na embalagem como adequado para seu tipo de raça.
Outro erro dos donos é achar que o animal não come muita ração e, por isso, complementar o cardápio com comida caseira. A ração é muito completa e fornece todos os nutrientes necessários, sem ser preciso outras fontes de vitaminas. Os animais castrados têm maior chance de engordar por perderem os hormônios sexuais, que inibem o apetite. Ao castrar o gato, não permita que ele coma mais do que ingeria antes da operação. "Ele vai pedir, mas não é necessário atender", diz a profissional.
A estudante Carolina Teresa Bombonatti, 21 anos, cria a gata Susi há dez anos, quando pegou o animal da rua. "Era uma filhote bem magrinha, mas, depois de castrada, começou a engordar. Hoje, ela pesa oito quilos", conta. Susi não desenvolveu nenhum problema de saúde, mas Carolina controla o que ela come. "Duas vezes por dia, enchemos metade do potinho dela com comida. Entretanto, quando termina, ela fica miando ao lado do pote para que coloquemos mais. Quem vai em casa fica com dó e acaba servindo outra vez", conta Carolina.
Quando o dono percebe que o animal é obeso, precisa procurar ajuda de um veterinário para estipular uma dieta. São escolhidas rações light ou produtos próprios para obesidade.
O que a obesidade pode causar
Complicações cardiovasculares
Os gatos acima do peso têm sobrecarga cardiovascular, hipertensão e menor capacidade de ventilação pulmonar. A gordura também diminui a capacidade torácica.
Artropatias
São doenças articulares degenerativas por sobrecarga de peso. Podem gerar problemas na coluna, nos joelhos, nos cotovelos e no quadril.
Risco de diabetes
A gordura faz com que boa parte dos animais tenha excesso de colesterol e triglicérides no sangue. Um dos maiores fatores de risco para o desenvolvimento de diabetes nos gatos é a obesidade.
Problemas hepáticos
Gatos gordos têm mais problemas no fígado, que sofre com o acúmulo de gorduras
Fonte
"A obesidade nunca é um bom sinal. É considerada uma doença e tem se configurado como epidemia, tanto em seres humanos como em animais", afirma a veterinária Márcia Jericó, coordenadora do Hospital Veterinário da Anhembi Morumbi. Segundo ela, os proprietários dos felinos gordinhos têm dificuldade em combater o distúrbio e costumam usar o argumento de que o animal está feliz mesmo acima do peso. "Essa idéia é equivocada. O bicho certamente está sofrendo", diz.
Um gato pode chegar aos 20 anos de vida, mas a maioria vive entre 15 e 18 anos. Normalmente, é nos primeiros cinco anos que se perde o controle do peso e fica difícil fazer com que ele volte ao normal. "Aqueles que comem muito nos primeiros dois anos nem sempre pedem comida porque têm fome. O obeso tem apetite maior do que sua necessidade", diz Márcia.
Para controlar a quantidade de ração ingerida pelo animal, é importante colocar no pote do gato apenas o que está descrito na embalagem como adequado para seu tipo de raça.
Outro erro dos donos é achar que o animal não come muita ração e, por isso, complementar o cardápio com comida caseira. A ração é muito completa e fornece todos os nutrientes necessários, sem ser preciso outras fontes de vitaminas. Os animais castrados têm maior chance de engordar por perderem os hormônios sexuais, que inibem o apetite. Ao castrar o gato, não permita que ele coma mais do que ingeria antes da operação. "Ele vai pedir, mas não é necessário atender", diz a profissional.
A estudante Carolina Teresa Bombonatti, 21 anos, cria a gata Susi há dez anos, quando pegou o animal da rua. "Era uma filhote bem magrinha, mas, depois de castrada, começou a engordar. Hoje, ela pesa oito quilos", conta. Susi não desenvolveu nenhum problema de saúde, mas Carolina controla o que ela come. "Duas vezes por dia, enchemos metade do potinho dela com comida. Entretanto, quando termina, ela fica miando ao lado do pote para que coloquemos mais. Quem vai em casa fica com dó e acaba servindo outra vez", conta Carolina.
Quando o dono percebe que o animal é obeso, precisa procurar ajuda de um veterinário para estipular uma dieta. São escolhidas rações light ou produtos próprios para obesidade.
O que a obesidade pode causar
Complicações cardiovasculares
Os gatos acima do peso têm sobrecarga cardiovascular, hipertensão e menor capacidade de ventilação pulmonar. A gordura também diminui a capacidade torácica.
Artropatias
São doenças articulares degenerativas por sobrecarga de peso. Podem gerar problemas na coluna, nos joelhos, nos cotovelos e no quadril.
Risco de diabetes
A gordura faz com que boa parte dos animais tenha excesso de colesterol e triglicérides no sangue. Um dos maiores fatores de risco para o desenvolvimento de diabetes nos gatos é a obesidade.
Problemas hepáticos
Gatos gordos têm mais problemas no fígado, que sofre com o acúmulo de gorduras
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