terça-feira, 17 de junho de 2008

Chihuahua

Considerado o mais pequeno cão do mundo. Deveria ser associado também o estatuo de cão mais antigo do continente americano, já que se pensa que as suas origens remontam ao período Azteca, descendo de um cão chamado Techichi. Pensa-se que foi um cão sagrado, envolvido em vários rituais e que as gravuras encontradas nas pirâmides de Cholula são representativas desta espécie. Segundo esta perspectiva, este cão é originário do México e adquiriu o nome do estado de Chihuahua, em homenagem à terra que o viu nascer. Pensa-se que, naqueles tempos, este cão possuía um porte maior e uma pelagem mais longa.

Porém, a falta de achados arqueológicos que comprovem esta teoria, proporcionou que muitas outras surgissem na tentativa de iluminar o seu passado. Exemplo disso, são os restos mumificados que foram encontrados num túmulo egípcio que se pensa pertencerem a um Chihuahua e que datam há mais de 3000 anos atrás. Paralelamente, há igualmente quem associe a pequenez desta estirpe a um cruzamento efectuado com o Chinese Crested Dog, ou ainda quem a atribua à paixão chinesa de “miniaturar” os animais de estimação e as plantas.

Só nos finais do séc. XIX é que esta raça sai do anonimato e começa a ser conhecida além fronteiras. Para tal, muito contribuíram algumas personalidades do mundo da representação (tal como Lupe Velez e Xavier Cugat) que apareceram em público com estes cães, o que atraiu a atenção do público.

Foi primeiramente exportada para os EUA, onde participa numa exposição do Kennel Club americano, em 1890. O primeiro Chihuahua a ser registado neste país foi o “Midget” em 1904. Ainda no mesmo ano, é oficialmente registada no studbook do American Kennel Cub com o nome de Chihuahua, sendo hoje considerada uma das mais antigas raças registadas naquela entidade.

Em 1923, surge neste país o Chihuahua Club of America que privilegiava a variante de pêlo curto, em detrimento do pêlo longo. Só a partir 1952 é que as duas variantes se viriam a estabelecer no mundo da Canicultura com a mesma força.

O advento da II Guerra Mundial acabou por se revelar extremamente prejudicial para o normal desenvolvimento da estirpe, uma vez que o número de exemplares diminuiu drasticamente, ao ponto desta ficar em perigo de extinção.

Em tempo de paz, a sua criação e selecção retomou o seu ritmo e foi lentamente ganhando popularidade nos demais continentes como cão de exposição e companhia. Na verdade, o seu reduzido tamanho e o facto de ser uma raça muito pouco exigente em termos de criação, tornam-na numa das espécies mais cobiçadas por aqueles que pretendem um grande amigo num pequeno cão.

Apesar das tímidas dimensões, o Chihuahua é um cão de guarda moderadamente bom, já que possui uma certa tendência para ladrar e é deveras observador.

É igualmente curioso, energético e protector. Convém que seja educado desde pequeno e habituado a estar na presença de pessoas que lhe sejam estranhas, por forma a tornar-se mais sociável e menos possessivo com o seu dono. É amigo das crianças mas não tolera “abusos” e, perante outros animais de estimação, pode realmente esquecer-se do seu tamanho, revelando ser bastante corajoso mas também anti-social. Também este aspecto pode ser melhorado se, durante o seu crescimento for exposto à companhia de outros cães.

Estes cães desenvolvem uma relação bastante forte com os seus donos, sendo geralmente muito afectuosos, dóceis e possessivos. Apreciam imenso estar na sua companhia e adoram ser desafiados para os mais diversos jogos. Fora de portas gostam muito de explorar os arredores porque são muito curiosos e vivos.

O Chihuahua é um cão de porte pequeno, cuja altura varia entre os 16 a 20 cm e o seu peso pode atingir os 3Kg.

O pêlo é curto, macio e brilhante e são permitidas quaisquer cores ou misturas.

A cabeça é abobada em forma de maçã, dotada com um chanfro saliente. O focinho é curto e os olhos são grandes e redondos e escuros. As orelhas são grandes, dotadas com pontas arredondadas, largas na base, e apresentam-se erectas. O seu corpo é compacto, sendo que nos machos esta característica é reforçada pelo facto do dorso ser relativamente quadrado. O pescoço é de comprimento médio e sem barbelas e o peito é amplo e profundo.

O dorso é curto, firme e nivelado e o ventre apresenta-se esgalgado. O lombo é robusto, tal como a garupa, que é larga e plana. Os quartos traseiros e dianteiros são relativamente musculados e apresentam uma boa estrutura óssea. A cauda de inserção alta é grossa na raiz e trazida curvada sobre o dorso.

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